A educação alimentar e nutricional enquanto estratégia libertadora de promoção de saúde e empoderamento social

Autores

Palavras-chave:

Educação alimentar e nutricional, Educação em saúde, Empoderamento, Promoção da saúde, Vulnerabilidade em saúde

Resumo

Introdução: A união dos termos que compõem a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) expressa o seu significado literal e do que diz respeito ao desenvolvimento de ações pertinentes à prática do nutricionista. Objetivo: Expor as contribuições da EAN à promoção de saúde, cidadania e empoderamento dos sujeitos e dos grupos populacionais. Métodos: Revisão bibliográfica realizada entre janeiro e junho de 2018, na qual, foram utilizados vinte e cinco artigos, uma resolução, uma lei e dois livros. Resultados e Discussão: A partir da vulnerabilidade social enfrentada dá-se o desenvolvimento da autonomia, da conscientização e do empoderamento social. É necessário ver o profissional de saúde enquanto mediador do processo educativo em saúde e nutrição, devendo-se ultrapassar a noção de transmissão de conhecimento e da modificação de hábitos alimentares, pautando-se no diálogo e na troca de saberes. Vê-se ainda, que as bases pedagógicas da Nutrição Social são superficiais e impossibilitam o desenvolvimento/replicação de metodologias voltadas às relações de ensino/aprendizagem. Conclusão: É necessário o entendimento dos indivíduos enquanto seres capazes de realizar sua própria transformação e de seu meio, devendo-se estabelecer um processo educativo continuado permitindo o desenvolvimento de uma consciência crítica e problematizadora acerca do enfrentamento das questões de saúde individuais e coletivas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Monique Lima dos Santos, Faculdade Estácio, Feira de Santana, Bahia, Brasil

Nutricionista, Mestre em Microbiologia Agrícola (UFRB)

Referências

Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Brasília, DF: MDS; Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2012.

Silva ACR, Santos EA, Oliveira ILS. Pensamento Freireano: bases para uma educação revolucionária. Estação Científica 2015; 5(3): 39-48.

Carneiro H. Comida e sociedade: uma história da alimentação. 7ª reimpressão. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

Lima RS, Ferreira Neto J, Farias RCP. Alimentação, comida e cultura: o exercício da comensalidade. Demetra 2015; 10(3): 507-522.

Brasil. Resolução CFN nº 380 de 28 de dezembro de 2005. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 28 dez. 2005.

Manço AM, Costa FNA. Educação nutricional: caminhos possíveis. Alim. Nutr. 2004; 15(2): 145-153.

Silva ACB, Silva MCCB, Oliveira VER. Educação alimentar e nutricional, cultura e subjetividades: a escola contribuindo para a formação de sujeitos críticos e criativos em torno da cultura alimentar. Demetra 2015; 10(2): 247-257.

Cruz PJSC, Melo Neto JF. Educação popular e nutrição social: considerações teóricas sobre um diálogo possível. Interface 2014; 18(2): 1365-1376.

Santos, LAS. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Revista de Nutrição 2005; 18(5): 681-692.

Sevalho G. O conceito de vulnerabilidade e a educação em saúde fundamentada em Paulo Freire. Interface 2018; 22(64): 177-188.

Kleba ME, Wendausen A. Empoderamento: processo de fortalecimento dos sujeitos nos espaços de participação social e democratização política. Saúde Soc. 2009; 18(4): 733-743.

Roso Adriane; Romanini M. Empoderamento individual, empoderamento comunitário e conscientização: um ensaio teórico. Psicologia e Saber Social 2014; 3(1): 83-95.

Carvalho SR, Gastaldo D. Promoção à saúde e empoderamento: uma reflexão a partir das perspectivas crítico-social pós estruturalistas. Ciência & Saúde Coletiva 2008; 13(2): 2029-2040.

Ricardi LM, Sousa MF. Educação permanente em alimentação e nutrição na Estratégia Saúde da Família: encontros e desencontros em municípios brasileiros de grande porte. Ciência & Saúde Coletiva 2015; 20(1): 209-218.

Salci MA, Maceno P, Rozza SG, Silva DMGV, Boehs AE, Heidemann ITSB. Educação em saúde e suas perspectivas teóricas: algumas reflexões. Texto Contexto Enferm 2013; 22(1): 224-230.

Silva KL, Sena RR, Lima KMSV, Martins BR, Santos JBO. Promoção da saúde e intersetorialidade em um município da região metropolitana de belo horizonte/minas gerais. Rev. APS 2013; 16(2): 165-172.

Vincha KRR, Cárdenas AP, Cervato-Mancuso AM, Vieira VL. Grupos de educação nutricional em dois contextos da América Latina: São Paulo e Bogotá. Interface 2014; 18(50): 507-520.

Raine KD. Improving Nutritional Health of the Public through Social Change: Finding Our Roles in Collective Action. Canadian Journal of Dietetic Practice and Research 2014; 75(3): 160-164.

Oliveira SL, Oliveira KS. Novas perspectivas em educação alimentar e nutricional. Psicologia USP 2008; 19(4): 495-504.

Moreira J, Santos HR, Teixeira RF, Frota PRO. Educação popular em saúde: a educação libertadora mediando a promoção da saúde e o empoderamento. Contrapontos 2007; 7(3): 507-521.

França CJ, Carvalho VCHS. Estratégias de educação alimentar e nutricional na Atenção Primária à Saúde: uma revisão de literatura. Saúde Debate 2017; 41(114): 932-948.

Padrão SM, Aguiar OB, Barão GOD. Educação Alimentar e Nutricional: a defesa de uma perspectiva contra-hegemônica e histórico-crítica para educação. Demetra 2017; 12(3): 665-682.

Santos LAS. O fazer educação alimentar e nutricional: algumas contribuições para reflexão. Ciência & Saúde Coletiva 2012; 17(2): 453-462.

Mendes R, Fernandez JCA, Sacardo DP. Promoção da saúde e participação: abordagens e indagações. Saúde Debate 2016; 40(108): 190-203.

Amparo-Santos L. Avanços e desdobramentos do marco de referência da educação alimentar e nutricional para políticas públicas no âmbito da universidade e para os aspectos culturais da alimentação. Rev. Nutr. 2013; 26(5): 595-600.

Botelho FC, Guerra LDS, Pava-Cárdenas A, Cervato-Mancuso AM. Estratégias pedagógicas em grupos com o tema alimentação e nutrição: os bastidores do processo de escolha. Ciência & Saúde Coletiva 2016; 21(6): 1889-1898.

Cervato-Mancuso AM, Vincha KRR, Santiago DA. Educação Alimentar e Nutricional como prática de intervenção: reflexão e possibilidades de fortalecimento. Physis Revista de Saúde Coletiva 2016; 26(1): 225-249.

Brasil. Lei nº 13.666, de 16 de maio de 2018. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para incluir o tema transversal da educação alimentar e nutricional no currículo escolar. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 16 maio 2018.

Senado Notícias [homepage na internet]. Lei inclui tema da educação alimentar e nutricional no currículo escolar. [acesso em 25 maio 2018]. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/05/17/lei-inclui-tema-da-educacao-alimentar-e-nutricional-no-curriculo-escolar.

Downloads

Publicado

2021-03-12

Como Citar

Santos, M. L. D. dos, & Santos, M. . L. dos. (2021). A educação alimentar e nutricional enquanto estratégia libertadora de promoção de saúde e empoderamento social. Journal of Multiprofessional Health Research, 2(1), e02.75-e02.84. Recuperado de https://journalmhr.com.br/index.php/jmhr/article/view/12

Edição

Seção

Revisões